Amor pela Música
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O contrabaixo, em alta!

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Por Bruno Buzzo, contrabaixista.

A minha formação é em Música Popular, quando comecei tocando contrabaixo elétrico.

Depois disso, durante a faculdade, a aproximação com o contrabaixo acústico se deu por meio do jazz. Logo depois, no estudo do arco, aconteceu a minha aproximação com a música erudita. Sempre gostei mais dos instrumentos graves, por afinidade mesmo, e assim comecei tocando um dos mais graves de todos.

No início fui aprendendo em escolas de música mesmo. Assim como alguns adolescentes, eu também me interessava por rock. Depois de um tempo, quando decidi entrar em um curso na Faculdade, ainda não tinha certeza do que faria, mas voltando a fazer aula de música com meu primeiro professor, Andrés Zúñiga, as ideias clarearam e tomei a decisão de me dedicar pra valer nos estudos. Assim, me formei em bacharelado pela Unicamp e fiz alguns cursos em Festivais durante a faculdade.

E quando resolvi cursar música na faculdade, entrei num processo de correr atrás do tempo perdido, e me dediquei integralmente aos estudos. Em 2004, eu já tinha 21 anos e por já ter trabalhado e ter tido uma certa independência, quis fazer as coisas acontecerem o mais rápido possível. Por ter estudado muito a prova de aptidão da Unicamp, eu sabia que estava preparado e o resultado foi o esperado. 

Depois do início do curso, comecei uma trajetória frenética de estudos de 6 a 8 horas por dia, ainda com a ideia de estar correndo atrás de um tempo perdido. Porém, como alguns estudos na época diziam que o curso de Música é o que mais tem alunos trabalhando na área de atuação durante os estudos, então, logo comecei a tocar em bandas e assim a coisa desenrolou. Mas muitos assuntos aconteciam ao mesmo tempo e muitos estilos eram experimentados. Comecei a tocar com o Paulo Gazela logo em 2005, com quem eu toco até hoje, e dele vieram outras indicações de artistas da região como o Big Chico.

Ao mesmo tempo que estudava composição e arranjo na faculdade, fazia experiências que se transformavam em projetos. E isso foi muito importante para minha forma de trabalho atual, pois o estudo do contrabaixo acústico veio depois disso, logo em 2008. Apesar de ter feito poucas aulas, meu mentor foi o Zé Alexandre, que me indicou muitos caminhos.

Hoje já tenho 3 discos com composições minhas, e meu jeito de compor não mudou muito desde aquela época. Devo isso ao mestre Hilton Valente e suas aulas abrangentes. Na realidade, esta é a parte que mais gosto da música, de poder compor e fazer performance disto, mas infelizmente não é o meio mais viável de se sobreviver por aqui. Tenho encarado como um desafio continuar compondo e atuando com contemporaneidade, pois não é fácil. Claro que existe espaço para tudo, porém, algumas portas são mais fáceis e acabam consumindo muito tempo. Além disso, o músico acaba estudando por toda vida e transmitindo seus conhecimentos através do ensino. 

Contudo, apesar de gostar muito do tradicional e do que deu certo, acho que a composição de coisas novas é o que faz sobreviver a arte musical. Se pudesse viver só do que mais gosto, seria compor e tocar minhas composições e arranjos. O contrabaixo é um instrumento interessante, em que o som não vem pronto, é preciso criar e ser preciso, mas depois tudo se torna apaixonante e vibrante. Ao meu ver, enquanto o baixo não entra parece que a música não começa (na maioria das vezes, hehe).

Com o contrabaixo em pauta, aproveito para agradecer os meus professores e meus companheiros de  trabalho que continuam me ensinado pela vida.

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Bruno Buzzo:: compositor, arranjador, professor e baixista formado pela Unicamp.  Bruno também é integrante do grupo Ventura Triodo qual participa com entretenimento de shows de jazz em locais seletivos, e também atua profissionalmente como contrabaixista em casamentos e outros cerimoniais Contato  Bruno: brunobuzzobass@gmail.com  | Amor pela Música #editorial de Música erudita#♥4♪

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